quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Crustáceos

Copépodes


Pulga D'água


Filtração dos crustáceos



Como os crustáceos são primariamente aquáticos, incluem a maior parte dos artropodes filtradores. O filtro é sempre composto de cerdas exoesqueléticas intimamente posicionadas, comumente arranjadas como os dentes de um pente. O pente de cerdas localiza-se em um ou vários pares de apêndices, mas a localização varia de um grupo de crustáceos para outro, indicando que a filtração evoluiu várias vezes dentro do subfilo. A corrente de filtração é produzida pelo batimento de determinados apêndices.
Quando uma corrente hídrica flui por cima ou ao redor de um objeto, desenvolve-se uma camada limitante sobre a superfície devido à natureza adesiva das moléculas de água (viscosidade). As moléculas de água na superfície do objeto não se movem absolutamente, e as próximas a superfície movem-se masi lentamente que as mais distantes na corrente principal. Essa camada limitante de água em movimento lento pode tornar-se importante quando o objeto por onde a água estiver fluindo for muito pequeno. Na Daphnia magna (pulga-d'água) por exemplo, a camada limitante que se desenvolve sobre uma cérdula do filtro estende-se para além da próxima cérdula. Isso significa que pouca água flui entre as cérdulas a menos que esteja sujeita a uma pressão considerável. Quanto menor e mais lento for o apêndice cerdular, menos permeável ele se torna. Conseqüêntemente, na Daphnia, as partículas são capturadas não pela triagem, mas pela atração das cargas opostas entre as partículas e a superfície do filtro.
Nos copépodos, acredita-se que as segundas maxilas (que são apêndices filtradores) triem as partículas passivamente a partir de uma corrente de movimento para frente criada pelos outros apêndices. A partícula é triada sendo tranferida para as manbíbulas e a boca através dos enditos das primeiras maxilas. A propriedade da viscosidade opera aqui, como na Daphnia. As segundas maxilas agem inicialmente como remos, e a partícula capturada fica circundada por uma camada limitante de água à medida que é transferida. Como conseqüência, o processo de transferência da partícula a partir das segundas maxilas pelas primeiras pode ser comparado à remoção de migalhas em uma de suas mãos com os dedos da outra enquanto ambas estão imersas em melado. As forças viscosas da água às quais esses crustáceos estão sujeitas seriam semelhantes às de muitos outros pequenos animais filtradores. Provavelmente a maior parte dos organismos filtradores coleta partículas por outros métodos além da triagem.


Fonte: Livro Zoologia dos invertebrados, Sexta edição, Rupert & Barnnes.

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